coração

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Roupagens da alma.


Roupagens da alma

"Acho-me aqui perdido qual confuso poeta que não encontra 
encanto nas palavras para descrever uma poesia.
O dia verte ardor das lembranças, as crianças se guardam do sol
até meia tarde ou pouco mais.
Faz verão com a cor de tantos outros que me acolheram,
um toque de azul matiz em branco tom ensolarado em retoques de amarelo.
Eu não quero só a ilusão tampouco desacreditar no esforço que
cada botão entreaberto busca para a liberdade da flor.
Ah esse amor indecifrável,
incógnita dos amantes e falsa lucidez dos sonhadores.
Talvez me encontre hoje na nudez da esperança esperando vestir-me
de outras forças eu sei que o brilho do sol atravessará estações
na espera de outros meninos alados.
Pueris pecados encontro marcado eu fico ainda esperando por
um anjo que tire o corrosivo que encontrei em mim por eu ser um adulto.
Insulto das palavras maldade que faz do coração gélido sentimento,
lamento deslizando em gotas na face.
Não é disfarce, tampouco desculpas para os meus erros,
o corpo é só uma carcaça que nos mantém em pé.
A fé ainda me levará ao éden onde as flores que plantei
com a calma já se vestem em roupagens da alma."


                                          ( Badu San )

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