coração

domingo, 5 de julho de 2015

A Alvorada.


A Alvorada - "Recebo alguns pedidos ora ou outra, com temas, de leitores de meus textos, este garoto muito culto e querido por sinal, pediu que falasse algo sobre alvorada. Eis ai." 

"Acordar com o pé direito ou o esquerdo não voga em nada na minha concepção, mas sim firmar os teus dois pés no chão e caminhar firmemente. O dia começou, poucos nos dias hodiernos, ouço dizerem que doaram 5 ou 10 minutos de seu sagrado tempo da manhã para ver os primeiros raios do sol, o que acho um verdadeiro sacrilégio. Basta se levantar minutos mais cedo para isso. E também há os que olham, mas não memorizam, pois contemplam apenas com os olhos carnais, o olho da mente, da emoção, está enxergando as problemáticas que se seguirão ao longo do dia. Sugiro pois fazer sua parte, e se esforçar ao máximo, e deixar que as mazelas do dia, sejam enfrentadas de acordo com a chegada de cada uma. Tenho uma tia sábia e bondosa que sempre me diz, "para que ir atrás do problema? Se ocupe fazendo outra coisa enquanto ele chega até você." Uma senhora sapiente, com ensinamentos eruditos. Pois dou a ela toda a razão. E se caso tiver de refazer algo, foi reprovado, ou não atingiu o que esperava, reverta esse mal. Use a energia que gastaria, com xingamentos, reclamações e murmúrios, fazendo novamente o proposto, com o dobro de amor, carinho e dedicação. Tenho certeza que terá o dobro de êxito, caso assim não seja, repita, quanta vezes for preciso, a experiencia aumentará e o objetivo a cada dia estará mais perto. Não se desiste dos sonhos por mera preguiça de voltar a padaria três vezes, na espera que o padeiro os tenha preparado, o seu sabor, supera o aborrecimento e o desgaste do caminhar, sem contar que tudo tem um propósito, tente encontrar um em tudo. Ao ir a padaria 3 vezes, na primeira uma senhora encontrou uma cédula de 50 reais, na outra reviu uma amiga que a anos não via, e na terceira se deliciou com seu sonho fresquinho. Portanto ao admirar a alvorada, tente ver uma coisa de vários ângulos, a cada novo olhar terá uma nova interpretação, e vá aberto para isso. Não se pode ir a um concerto com os ouvidos infeccionados, não terá a audição tão apurada, seria um esperdício.
Hoje ao acordar, me sentei em uma porteira, numa velha estradinha, com uma árvore Flamboyant na encosta do caminho, um sabiá insistia em cantar, parecia querer anunciar algo, por detrás da colina não muito distante, um galo cacarejava como quem abria alas para o entrar do sol, que atrás do Flamboyant, parecia querer brincar de se esconder. As gotículas de orvalho, desciam brancas, pareciam bailarinas de paraquedas, desapreçadas. E as nuvens em formatos diversos pareciam pinceladas alvas e precisas, em meio ao azul celeste. Bem, agora são dezenove e quarenta e cinco, porém com os olhos fechados, quis voltar a ver a alvorada que um dia vi pela manhã. O fazer de contas, faz parte da vida, feliz daquele que tem uma janela que dá para uma grande parede branca, e nela consegue ver todos os dias uma colina maravilhosa. Deus lhe abençoe. Seja ajuda, seja os olhos, seja a bondade, mesmo que morra no anonimato." 


                                    (Autor Wellington Leal)

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