sábado, 17 de maio de 2014

Há em nós um desejo..


Como lembrava José Augusto Mourão, «há em nós um desejo de ser ou de viver que nenhum alimento do mundo pode saciar. O que é desejado em nós não são tanto os objetos de que parecia termos necessidade mas aquilo que subjaz ao fundo de que vivemos, o dom da vida».

“Os gregos começaram a murmurar contra os hebreus, porque no serviço diário não se fazia caso das viúvas” (At.6,1)! E não é caso para menos! Os pobres não são gente a evitar, mas os primeiros a atender, a escutar, a ajudar, a acompanhar, a servir, com uma «atenção amiga, uma verdadeira preocupação pela sua pessoa e pelo seu bem» (Papa Francisco, E.G. 199)! É mais fácil fazer catequese aos meninos, do que acompanhar os pais em crise ou dificuldade. É mais fácil cantar na missa, do que alegrar, em convívio, um idoso solitário. É mais fácil ir ao terço ou à Catequese de adultos, do que visitar uma família pobre. É mais fácil subir ao altar, para dar a comunhão, do que subir as escadas de uma casa, para deitar uma mão. É mais fácil levantar-se, para vir à Missa, do que vencer a preguiça de ir ao encontro de uma família, sem pão ou sem trabalho. É mais fácil andar no compasso, de campainha na mão, do que com o cabaz às costas. É mais fácil dar uma esmola, à saída da Igreja, do que ocupar-se e preocupar-se com a vida do pobre. Temos todos muito que fazer...”                                                                                                                                     

(Pe. Gonçalo da Paróquia da Senhora da Hora - Tirado da linda página João Torres)

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