"Um dia, um jovem...

Para ser um missionário e discípulo de Jesus é preciso despojamento, abertura de coração e disponibilidade ao serviço.

'' Um dia, um jovem teve a idéia de fazer serenata na casa das mães. Nós íamos de bicicleta, a pé, com o violão nas costas, pois tínhamos no coração a evangelização. Vamos fazer uma serenata para as prostitutas e, fomos para a zona. Eu tinha o cabelo comprido, vestia macacão verde, corrente com dente pendurado. Entramos e cantamos... Até a dona da zona chorou... '' (pregação= “Jovem, seja firme e corajoso”).

O seu coração ainda estava em conflito, tentando se libertar de suas preferências, do seu amor próprio, de seu orgulho, de suas vaidades. Quando nos fechamos em nosso egoísmo, estamos fazendo a nossa vontade, não a de Deus. Mas Jesus já colocava no coração daquele jovem de 17 anos a semente do amor, pois teve a coragem de ir com seu grupo de oração à casa de prostituição.
Entrou naquela casa com seus amigos e cantou. A musicalidade do jovem Léo nasce de seu amor por Jesus. Ali entoou um canto novo, onde se oferece ao irmão, se oferece na missão de assumi-lo como se fosse o próprio Cristo. Mesmo na tristeza, a melodia era alegre, a melodia do amor. Era chamado a anunciar Cristo, cantando a vida: "Descobri um mundo novo, quando abri meu coração. Olho o mundo com certeza de que tudo vai mudar, pois em tudo existe beleza, só é preciso amar. É preciso trabalhar para reconstruir a vida, é preciso se entregar pela esperança perdida". 

Jesus já o preparava para ter essa experiência na comunidade Bethânia, a qual iria fundar. Aquele jovem determinado tinha sede de evangelizar, tinha o mundo todo pela frente a transformar, a testemunhar o amor de Deus. Para construir o mundo fraterno com o qual sonhava, era preciso antes, estabelecer um compromisso com a vida e com seus irmãos marginalizados, porque somente um coração livre de todas as amarras, encontra o rosto de Cristo, em cada irmão.

                                      (Márcia Bezerra)