coração

sábado, 3 de janeiro de 2015

Tu desces das Estrelas


Tu desces das Estrelas 
(Santo Afonso Maria de Ligório)


"Tu desces das estrelas, O Rei do céu, e vens em uma gruta, no frio e no gelo.
Ó Menino meu, divino, eu te vejo aqui a tremer, ó Deus bendito!
Ah, quanto te custou haver me amado!

Para ti, que és do mundo o Criador, faltam cobertas e fogo, ó meu Senhor.
Querido bebezinho eleito, quanto esta pobreza mais me apaixona,
já que te fizestes, ainda, amor pobrezinho.

Tu deixas o alegre acomchego do seio divino, para vires sofrer sobre este feno.
Doce amor do meu coração, até que ponto o amor te levou?
Ó meu Jesus, por que tanto sofrer? Por meu amor!

Mas, se foi o teu desejo o teu sofrer, por que queres chorar, porque lamentar?
Meu Jesus, eu te entendo sim! Ah, meu Senhor!
Tu choras não de dor, mas por amor!

Tu choras por ser visto por mim ingrato, depois de um tão grande amor, tão pouco amado!
Ó delícia do meu peito. Se já faz tempo que sou assim, agora quero somente clamar:
Querido, não chores mais, que eu te amo e te amo.

Tu dormes, Nenezinho meu, mas no entanto o teu coração não dorme,
não, mas está vigilante sempre. Ah, meu amorzinho e puro cordeirinho, no que pensas?
Dizes-me tu, Ó amor imenso, "um dia quero morrer por ti", respondes. Assim, eu penso.

Então, tu pensas em morrer por mim. Ó Deus, e eu posso amar outro, a não ser a ti?
Ó Maria, esperança minha, se pouco eu amo o teu Jesus, não te aborreças comigo.
Ama-o tu por mim, se eu não sei amar!"


        ( Tirado da linda página Frei Flaerdi Valvasori )

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