coração

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Um encontro de misericórdia.


"Naquela noite chuvosa num presídio da cidade, o guarda escuta algo incomum, algo diferente como um grito de uma das celas.
Era o Seu João gritando. João estava já há muitos anos naquele Lugar. Ele chamava num gesto desesperado o guarda. Mas, o vigia da prisão estava longe pra chegar ate ali.
O Guarda veio com os outros o mais rápido que podiam, todos armados pensavam estar acontecendo algo.

Vieram depressa e reconhecendo a voz do preso , ao se aproximar da cela onde seu João estava, ele ouve baixinho aquele homem falar:
- Seu Guarda. Eu estou morrendo… Por piedade seu guarda, me socorra. Chame o padre eu quero me confessar.
Naquele momento o guarda que já era amigo de Seu João diz:
- Calma João, aguente firme! Eu vou chamar o Padre.
Ele sai as pressas e consegue com que o padre vá naquela noite fria ao presídio.. Quando o jovem padre foi chegando acompanhado por um dos seus coroinhas, o padre em seu coração sentia algo de diferente naquela noite.
Entre soluços e prantos, aquele homem abandonado, segurava as barras de ferro e falava sussurrando ao padre.
- Padre, Padre! Eu estou morrendo padre. Mas, muito triste. É muito grande a minha culpa.
E Seu João, reconhecia não sabe de onde aquele homem de Deus, o padre que ali estava.
- Olha… há muito tempo por capricho e influência dos amigos, mulheres, a maldade, eu abandonei minha família, sem razão Seu Padre. Roubei, matei, fugi, e hoje estou aqui doente e sozinho.
Os guardas foram se compadecendo de João, e um a um, abaixaram suas armas.
- Padre, se Deus do céu fizesse hoje um milagre pra mim, e trouxe-se aqui o meu filho do coração, eu seria capaz de… seria capaz…
Ouvindo isso o Padre caiu de joelhos na frente da cela, e beijou o rosto daquele homem ferido. O homem que ali morria, era seu pai que Deus do céu tinha os dois unido naquele lugar .
O padre disse chorando que nem criança:
- Pai! a tua esposa a muito tempo já morreu; Ela era minha mãezinha adorada, sentimos muita sua falta.
E o padre colocando as mãos no rosto daquele homem, já nos últimos minutos de vida, abençoando aquele homem disse:
- Você João é o meu pai, e o seu filho… o seu filho sou eu!
Eu te absolvo de todos os seus pecados, em nome do Pai e do Filho, e do Espírito Santo, amem.. Descanse em paz meu pai!"

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