coração

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Deus manifesta-se em tudo o que nos rodeia.


 A sua mão é omnipresente: basta abrirmos os olhos do coração. Os olhos da razão são míopes, pouco veem. Jamais conseguirão percebê-lo. Acolhe-se Deus pela fé. Sente-se Deus. Vive-se a sua vida em nós.
Cada um de nós está num certo «estágio evolutivo» na sua busca de Deus. A nossa crença, ao longo dos anos, vai-se depurando. Inicialmente procuramos um Deus protetor, porque o medo torna-nos frágeis e inseguros. Precisamos do socorro divino, de alguém poderoso que nos ampare nas nossas necessidades. Só então podemos dar um passo mais na escada nossa ascensão.
Sentimos deus no nosso íntimo e, por isso, vivenciamos a paz e a harmonia interior que nos deixam de bem conosco e com os outros.
Prosseguindo nessa busca, a nossa alma contempla Deus, extasia-se com a perfeição do universo ou com a maravilha do cérebro humano. Uma noite estrelada é um momento de adoração. Nada se pede, nem socorro nem bênçãos.
Contempla-se Deus em cada sinal, em cada pequena ou grande epifania. É o mistério de Deus reverenciado, sem exigência de explicações racionais. Sabe-se que Ele existe. Ele está aí, e isso basta-nos.

Carlos Afonso Schmitt, in "O Endereço de Deus"

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