"Ser gente é uma arte. É a arte de podar a cada dia, cada defeito que me torna feio e orgulhoso. É a arte de dominar minha língua e não permitir que ela pique a pessoa diferente de mim, pelo simples facto dela ser diferente ou não pensar como quero....
Ser gente é uma arte.
A arte de contemplar de longe a vida e perceber que ela passa muito rápido e não posso dar lugar a outras coisas, virtudes ou defeitos. A vida passa demasiado rápido e fica em minhas mãos o saber de ter vivido ou não. Alguns irmãos, na idade avançada, trazem no coração uma tristeza sem fim, ou na boca o gosto amargo da solidão, do vazio, do afastamento e da falta de amigos... Nesta altura da vida, esquecemos que agora colhemos o que na nossa juventude foi plantado. Quem planta vento, não espere colher calmaria; a tempestade será o fruto mais certo do seu plantio.
Os meus poucos anos de pastoreio, dão a serenidade ou intranquilidade, de perceber o quanto necessito ser gente, ser humano, ser. E para ser, necessito antes de tudo morrer. " Se o grão de trigo não morrer" diz o evangelho, não produzirá frutos... Que nós, os filhos da Força e do céu, possamos apresentar ao mundo o nosso fruto."
abraços
( Padre Daniel )
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